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Fidelidade entre vidas e moedas

Quando nossas atitudes chamam a atenção do Senhor.

"?Em verdade vos digo que essa viúva depositou mais do que fizeram todos
os ofertantes." (Marcos 12:43b)

Nossas atitudes impressionam muito mais do que o que falamos, especialmente se o assunto for fidelidade e vida cristã comprometida. Não há substituto para um bom exemplo vivo. Na balança de observação celestial o peso de nossas ações será sempre superior ao de nossos conceitos e filosofias de vida. Foi assim com aquela paupérrima viúva: ao dar ao Senhor tudo o que tinha - suas preciosíssimas duas moedas - provou que a sua esperança não estava nelas, ainda que valessem por todas as moedas do mundo naquele momento.

Ela provou que a fidelidade está nas atitudes e que esperava nas promessas do seu Deus. Promessas essas que não se comparavam com moedas, pois tinham raiz na fidelidade do Deus que lhe amava. Talvez por isso ela não tenha se deixado levar por pensamentos vacilantes que poderiam ter surgido naquela hora: "Tudo tem limite? com essas moedas eu poderia comprar um pão?"; "Deus sabe? eu só tenho essas moedinhas? o que é que o sacerdote vai fazer com tão pouco?" Há quem calcule a utilidade do seu dízimo e da sua oferta pelo valor monetário do mesmo: A viúva nos prova que isso é um erro. O Senhor faz coro com ela e bate o martelo: A Fidelidade não tem tamanho que se possa medir. Pode ser a maior mesmo na menor das ofertas.

Outro fator interessante no episódio é ver que Deus não libera ninguém do compromisso da fidelidade; quem sabe a pobre viúva não poderia ser vencida pela ideia do "deus ausente" (muito comum hoje em dia)? "Onde está Deus que não me ouve?"; ou ainda pela ideia do "deus de poder e bondade parciais" (o deus do "cristianismo" de alguns)? "Se Deus é Poderoso, não é Bom, porque, podendo mudar a minha situação, não o faz, ou, se é bom, não é Poderoso, pois, sendo bom, não a muda porque simplesmente não pode". Ou ainda pela ideia do "orgulho disfarçado de responsabilidade" (Como posso ofertar se não sei o que fazem com minha oferta?). Ou talvez ela simplesmente fizesse como muitos fazem hoje, tentando desmerecer a doutrina sobre o dízimo tentando confiná-la aos rituais vetero-testamentários. Pobre ilusão.

Olhar para a história daquela impressionante serva de Deus, que aparentemente dispunha apenas de duas moedas, nos mostra o quanto ela era rica aos olhos de Deus. Não se limitando por sua condição financeira atual, e contra todas as possibilidades, ela uniu todas as suas posses - duas moedas - à sua fidelidade independente das circunstâncias. Isso é que é liberdade. Mais do que a própria fidelidade em si, aquela viúva provou que era livre. Livre da preocupação das dívidas do amanhã. Livre das preocupações quanto à sua própria vida. Liberdade. Ah, liberdade.

É ela que garante que a nossa vida não vai desmoronar diante de contingências desesperadoras. A Liberdade proporcionada pela fidelidade nos coloca acima das circunstâncias da nossa própria vida, e nos ensina a acenar para a tempestade, nos deixando com a certeza de que ela vai passar. Isso faz com que possamos ser felizes e estar em paz mesmo em meio à tormenta.

Outra lição da viúva: Só Jesus pode perceber o valor dos nossos atos, enxergando-os integralmente. Ao ver a viúva dando sua oferta ele parou e disse: "ela deu mais do que todos juntos?" O nosso Deus é o Deus que não desampara, Deus presente, Deus do socorro; Ele é Deus que vê tudo: conhece todas as "nossas moedas" e sonda os nossos corações, avaliando nossa fidelidade. E o mais importante, Ele sabe quando depositamos nossa confiança em "moedas", e quando, pela fé, mergulhamos no Oceano da Sua proteção. O Senhor não quer de nós parcialidade, quer totalidade.

Totalidade como a da viúva, pois devemos crer que o nosso Deus não é nem um "deus parcial" nem um "deus ausente", mas um Deus Integral, que faz coisas inimagináveis a partir da nossa fidelidade, não importando se ela se baseia sobre "duas moedas" ou um sobre baú cheio delas. O segredo da fidelidade está na relação entre o valor que damos a elas, e no quanto confiamos e dependemos unicamente d'Ele: "Uns confiam em carros, outros, em cavalos; nós, porém, nos gloriaremos em o nome do SENHOR, nosso Deus." (Sl. 20:7).

Se entendermos que a passagem da viúva se resume apenas a dinheiro ou à oferta em si, estaremos perdendo o foco principal da questão: Deus não libera ninguém da fidelidade. Nem mesmo uma viúva pobre, que talvez não teria outras duas moedas por muitos dias. Mais do que isso, ele grava na tábua do seu próprio coração nossas débeis expressões de gratidão, que estão representadas pela oferta da viúva, que deu tudo o que tinha?

Lembre-se: Não há substituto para um bom exemplo vivo. 

Sejamos assim, exemplo de confiança incondicional no Senhor; jamais abramos mão de ser fiéis sobre tudo o quanto Ele nos tem dado: vidas e "moedas"?

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